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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Coordenadoras em Ação

OS PROFESSORES CONHECEM OS SABERES DE SUAS TURMAS, PORÉM, O COORDENADOR PRECISA DE UM PORTIFÓLIO PARA ACOMPANHAR A APRENDIZAGEM DE TODAS AS CRIANÇAS.


Muitos leitores do blog querem saber como organizo o trabalho com os portfólios e, então, é sobre eles que escrevo hoje. Em 2009, iniciei a organização de portfólios para todas as turmas dos anos iniciais coordenadas por mim. Estava, praticamente, iniciando na coordenação e precisava “ter nas mãos” o desenvolvimento de todos os alunos.
Os professores, cotidianamente, já conhecem os saberes de suas turmas. E eu, que havia assumido a função há pouco, precisava de um instrumento para acompanhar a aprendizagem de todas as crianças. Desde 2009, venho aperfeiçoando o conteúdo dos portfólios e, hoje, compartilho com vocês esse trabalho.
O passo a passo da organização
Todos os anos, no mês de janeiro, preparo todas as pastas e entrego aos professores antes de as aulas começarem. Essas pastas contêm cronogramas, orientações e planilhas das sondagens que devem ser realizadas, durante o ano, nas áreas de Língua Portuguesa e de Matemática. Há um detalhe bastante importante. Tudo o que os professores precisam aplicar (sondar), analisar (diagnosticar) e registrar nessa pasta é estudado em Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPCs) desde 2009. Não faz sentido se os professores não souberem o que fazer e porque fazer, portanto, deve existir um contexto em que os saberes dos professores sejam e continuem sendo construídos.
As pastas também têm um saquinho para cada aluno e todas as atividades do ano, para fins de sondagem das aprendizagens, vão nele. A cada dois meses, recolho os portfólios e faço o acompanhamento da aprendizagem dos alunos. A partir da segunda sondagem, comparo as produções dos alunos de cada turma e, assim, detecto se há evolução nas aprendizagens. Isso também me possibilita acompanhar as aprendizagens das diferentes turmas de um mesmo ano/série.
Depois de analisar os portfólios, chamo os professores, individualmente, para dar a devolutiva do meu acompanhamento. Conversamos sobre os alunos, os que estão atingindo as expectativas e os que têm mais dificuldades. Juntos, decidimos o que fazer para melhorar o desempenho da turma.
As planilhas possibilitam fazer o fechamento de como está o desenvolvimento das aprendizagens, quem são e quantos são os alunos que estão “indo bem ou não”. Além disso, utilizo para discutir em reuniões e fazer redirecionamentos, por exemplo, quais e quantos alunos estão precisando de intervenção mais pontual.
É preciso destacar que a Secretaria de Estado de Educação de São Paulo mantém um programa de formação, nas Diretorias de Ensino, dos professores coordenadores. O objetivo é subsidiar os coordenadores para que eles façam a formação em serviço do corpo docente nas escolas.
Esse acompanhamento também me possibilita detectar conteúdos para serem abordados nas ATPCs, pois é possível enxergar “problemas de ensinagem”.
Para o professor, é bastante trabalhoso realizar as atividades de sondagens, suas correções e os registros no portfólio, mas reconhecem sua importância e utilidade, uma vez que compartilham comigo o trabalho que desenvolvem.
No início do ano, os portfólios do ano anterior são entregues aos novos professores para que conheçam a realidade da nova turma. Alguns conteúdos dos portfólios são iguais para todos os anos/séries. As atividades de sondagens de Língua Portuguesa e de Matemática são de acordo com o ano/série. Aqui(clique para baixar) apresento os conteúdos do portfólio do 3º Ano do Ensino Fundamental.
Todo trabalho é embasado nos Guias de Planejamento e Orientações Didáticas (2º a 5º ano) do Programa Ler e Escrever da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.
E vocês coordenadores, têm algum instrumento para acompanhar as aprendizagens dos alunos? Compartilhem conosco.
Beijos.



Como ajudar o professor a fazer o diagnóstico do que as crianças já sabem e o que precisam aprender?




Início do ano  é tempo de diagnosticar os saberes dos pequenos para então planejar as situações didáticas dos diferentes conteúdos de aprendizagem.   Sim, o professor só poderá efetuar seu planejamento a partir do momento que conhecer os saberes e as necessidades de aprendizagem da sua turminha e cabe ao coordenador pedagógico auxiliar nesse processo.
Aqui na escola elenquei alguns eixos e respectivos conteúdos, considerando as especificidades de cada infantil, para mapear os conhecimentos dos pequenos.  Ficou assim:
A partir deste quadro é que cada professor vai planejar  as atividades mais adequadas para ter clareza dos saberes de cada criança.  Será preciso ter muito cuidado para planejar uma situação em que a criança explicite os seus conhecimentos e que o professor consiga observar cada uma delas e ter um registro disso,  cabe ao coordenador orientar e ajudar o professor a planejar as atividades (aqui asorientações).
Algumas atividades por si só já constituem um registro,  como quando se pede para a criança escrever seu nome, a própria escrita já é um documento se o professor tiver o cuidado de não deixar o cartão do nome da criança disponível, assegurar que cada um faça o seu.  Já outras atividades serão observadas e o professor deverá fazer anotações como a realização de ações cotidianas e uso do espaço no infantil 1, será preciso anotar quais crianças localizam e pegam sua lancheira ou mochila ou se ajudam a guardar as peças dos jogos e sentam-se para  participar da roda de músicas; não existe outra maneira a não ser observação e  registro, mesmo que filmasse depois seria preciso assistir a muito tempo de vídeo.
Algumas atividades deverão ser feitas várias vezes para que se observe de 4 a 6 crianças de cada vez: se vou brincar de dança das cadeiras para ver as habilidades de deslocamento e destreza no eixo de movimento no Infantil 2, a cada vez o professor observa mais atentamente um grupinho de crianças.
Tanto nas atividades que tem um registro como nas que serão observadas os professores mapeiam os saberes utilizando uma pauta em formato de tabela. Disponibilizo aqui algumas pautas.
(Oralidade – Inf 1)             (Leitura – Inf 2)         (Escrita – Inf 3)
E na sua escola como é o processo de diagnóstico dos conhecimentos das crianças?
Um abraço, Leninha


PARA A REUNIÃO DE PAIS DE ALUNOS NOVOS: O QUE NÃO PODE FALTAR.


É SEMPRE IMPORTANTE RESSALTAR AOS PAIS DOS ALUNOS A NECESSIDADE DE ELES ACOMPANHAREM A VIDA ESCOLAR DOS FILHOS.

Conforme escrevi no post anterior, no primeiro dia de aula damos breves explicações sobre a escola aos pais dos novos alunos. Na segunda semana do ano letivo, convocamos os mesmos para participarem de uma reunião em que a escola será apresentada mais detalhadamente.
Por se tratar de um primeiro encontro com pais que não conhecem a dinâmica da escola, é preciso pensar muito bem nessa reunião – desde a forma de convocar os pais até como será feita nossa apresentação. Na escola Maria Aparecida dos Santos Oliveira, utilizamos, durante o ano, “comunicados” para convocar os pais e o primeiro trata do assunto “apresentação da escola”.
O informe de convocação (veja um modelo aqui) tem o assunto, o objetivo, a data, o horário, e onde será feita a reunião. Um detalhe importante é o horário, sempre fazemos bem no final da tarde. Depois de tentarmos outros horários como no início da manhã ou no início do turno da tarde, verificamos que esse é o que mais possibilita a participação dos pais, pois saem do trabalho e vão para a escola.
A reunião é organizada por mim e pela diretora. A “fala” da diretora é mais relacionada à parte administrativa (organização e funcionamento da escola) e a minha à parte pedagógica (tudo o que diz respeito ao processo ensino-aprendizagem. Fazemos apresentação oral, utilizando Data Show. Apresentamos a escola de modo que os pais fiquem “por dentro” da mesma. Entre outros, apresentamos os seguintes aspectos:
- Espaços físicos da escola e a utilização dos mesmos.
- As regras e o porquê delas.
- Os índices das avaliações externas (SARESP e IDESP).
- Os materiais que serão fornecidos para os alunos: Kit de materiais, mochila, livros didáticos, livros, gibis, revistas para leitura.
- A concepção do que é ensinar e aprender.
- Como é o trabalho dos professores.
- A função da coordenadora.
- A importância de as crianças não faltarem às aulas.
- A responsabilidade dos pais para com a vida escolar dos filhos como, por exemplo: acompanhar as tarefas, participar de reuniões, colaborar com a escola, para o desenvolvimento da aprendizagem das crianças, bem como, apresentar sugestões para melhorar cada vez mais a escola.
Não pode faltar, nessa reunião e em todas as outras, a lista de presença para os pais assinarem. Ela possibilita levantar quantos pais participaram da reunião, aliás, essa tem sido uma luta muito grande, fazer com que 100% dos pais participem das reuniões.
E vocês, têm essa reunião para apresentar a escola aos pais dos novos alunos? Contem-nos suas experiências.
Beijos.
O que não pode faltar na sala da Educação Infantil?
A sala de aula deve estar organizada de acordo com as necessidades de cada etapa da Educação Infantil.
A organização dos espaços e materiais nas salas de Educação Infantil são aspectos determinantes na construção de conhecimentos, da autonomia e da convivência com o outro.  É preciso considerar as características da faixa etária, a rotina da aula e a proposta pedagógica da escola para planejarmos e definirmos como será a organização dos espaços e a disposição dos materiais.
A melhor forma de deixar a sala acolhedora e adequada à faixa etária é a organização em cantos, dividindo o espaço com estantes baixas e os materiais de uso das crianças organizados e acessíveis a elas.

Canto da leitura
Os cantos que asseguramos aqui na escola são: do faz de conta (fotos), da construção, da leitura, Arte (fotos), Matemática e  Linguagem (fotos).   Muitos dos móveis e materiais são confeccionados pelas professoras e estagiárias utilizando caixas grandes de papelão e potes plásticos reaproveitados.

Nas paredes temos 4 murais em cada sala, dois são utilizados pelas professoras dos dois períodos (de manhã é uma turma e de tarde outra) e outros dois para exposição das produções de Arte, aí é um para cada turma.  Os murais compartilhados: um é para Linguagem onde são colocados os textos que estão sendo trabalhados no eixo de oralidade, escrita ou música e o outro para as pesquisas de outro projeto, geralmente do eixo de Natureza e Sociedade. O importante é que todos os murais estão na altura adequada ao acesso das crianças, afinal os trabalhos, pesquisas e textos são para que a criança possa apreciar e interagir com eles.
O alfabeto e uma sequência numérica (1 a 30 no infantil 1, 1 a 50 no infantil 2 e até 100 na turma de 5 anos, infantil 3) estão afixados logo abaixo do quadro negro, embora seja bem baixo foi o melhor local que encontramos para que as crianças possam visualizar e colocar as mãos para localizar alguma letra ou número.

O alfabeto ideal é assim, sem desenhos, com letras de forma
O importante é que o alfabeto seja de letra imprensa maiúscula e sem qualquer gravura afinal a letra já tem um significado em si e as crianças sabem e  falam “…esse é o P do meu nome”, assim como pode ser o P da Pâmela, da Priscila e com formação silábica totalmente diferentes.  A sequência numérica também é só com os números (sem gravuras com 1, 2 ,3…objetos) e aqui a justificativa é que os números têm outras funções além de registrar quantidades (minha casa é nº 600 e não significa que tem 600 casas na rua).
Temos ainda dois gaveteiros (um da turma da manhã e outro da turma da tarde) para que cada criança possa guardar suas produções, cada gaveta está identificada apenas com o nome, sem desenhos ou outros artifícios, para que as crianças memorizem, desde o infantil 1, como é a escrita de seu nome.

Materiais organizados
E a decoração? Os móveis da mesma cor, os potes também padronizados e organizados, os jogos e brinquedos bem arrumados, os murais com as produções das crianças e os textos de referência já são suficientes para deixar as salas bem bonitas.  Em hipótese alguma decoramos com figuras estereotipadas de animais ou personagens, isso  descaracterizaria a sala como espaço de aprendizagem.  Os livros de literatura e as reproduções de obras de arte (nas sequências ou projetos de Arte) já alimentam o repertório imagético dos pequenos, não podemos confundir a sala de aula com festa de aniversário onde cabe um tema e esse tipo de decoração.
E as salas de sua escola, já estão organizadas?  Compartilhe as soluções que você encontrou.
Um abraço, Leninha.
Recepção dos alunos novos e dos pais no primeiro dia de aula.


ACOLHER OS ALUNOS NOVOS É MUITO IMPORTANTE PARA QUE ELES TENHAM VONTADE DE IR À ESCOLA.

A escola em que trabalho recebe, anualmente, alunos novos para o 2º Ano do Ensino Fundamental. São crianças que fizeram a Educação Infantil e o 1º Ano em uma escola municipal, localizada no mesmo bairro.
No primeiro dia de aula, eu e a diretora organizamos a recepção dos pais e das crianças no pátio da escola. É o momento em que a diretora, eu e as professoras dos 2º anos nos apresentamos e explicamos que será marcada uma reunião específica para falar mais detalhadamente da escola e de seu funcionamento.
Apresentação dos espaços e avisos gerais aos pais
Aproveitamos este momento para dizer a eles que nos comunicamos com a família por meio de bilhetes e, por isso, devem ficar atentos ao material dos filhos a fim de estarem cientes de futuras convocações e comunicados.Também mostramos onde ficam as salas de aulas, os banheiros, a biblioteca e as outras instalações da escola, como diretoria, secretaria e sala de coordenação.
Em seguida, a diretora apresenta as professoras das respectivas turmas A, B e C e faz a chamada das crianças que vão compor cada turma. Nesse momento, as crianças acompanham suas respectivas professoras para a sala de aula. Os pais acompanham os filhos até a classe e ouvem das professoras as primeiras explanações de como desenvolvem seus trabalhos. O primeiro item da conversa é sobre a importância de os pais deixarem as crianças no portão da escola, pois é necessário desenvolver a autonomia das mesmas.
Passeio dos alunos pela escola
Quando os pais vão embora, as professoras iniciam o passeio pela escola com as crianças. O objetivo é apresentar, mais especificamente, os diferentes espaços físicos e, também, apresentar as pessoas que trabalham na escola, suas funções e a quem devem recorrer em cada situação. Oriento os professores para que, nos primeiros dias de aula, proporcionem, às crianças, brincadeiras de integração no grupo e atividades prazerosas visando o “gostar” da nova escola. Enfim, deixamos para a primeira reunião os detalhes de funcionamento da escola, suas regras que, aliás, será o assunto do próximo post.
E vocês, como organizam a recepção dos alunos novos?
Beijos.
O QUE A LISTA  ESCOLA DE MATERIAIS DIZ SOBRE A SUA ESCOLA?
É IMPORTANTE A ADMINISTRAÇÃO DO ALMOXARIFADO ESTAR SEMPRE DE OLHO NO ESTOQUE DE MATERIAIS PARA SABER O QUE SERÁ NECESSÁRIO COMPRAR.
Não é novidade que toda ação escolar, seja da direção, coordenação ou educadores, evidencia a concepção de ensino e aprendizagem que os profissionais possuem e a elaboração das listas de materiais é uma delas.
Na Educação Infantil, não basta apenas lápis e papel. É preciso assegurar que a criança tenha variadas experiências, explore e aprenda a utilizar com autonomia muitos materiais utilizando as diversas linguagens: Artes Visuais, Linguagem Oral, Leitura e Escrita, Matemática, Música, Movimento e Ciências (Natureza e Sociedade).
Para tanto é preciso uma variedade de suportes (papéis, caderno, sucatas), meios (tinta, canetas, lápis, massa de modelar) e instrumentos (pincéis, tesoura) além de livros de literatura e pesquisa, CDs de música e materiais para atividades corporais (bola, corda, baldinho).  Muitos desses materiais cabem à escola (ou Secretarias de Educação) providenciar, outros cabem às famílias e são desses que vou falar. Que materiais devemos incluir numa lista que condiz com a proposta pedagógica, respeita o meio ambiente e a ética do não desperdício e do reaproveitamento?
A lista de materiais da minha escola
Disponibilizo aqui uma tabela (aqui) com os itens que compõe as diversas listas dos diferentes níveis (Infantil 1, 2 ou 3) de minha escola, explicitando resumidamente qual é sua principal utilização, alguns materiais são para todos e outros são mais específicos para o grupo de 3 anos ou de 5 anos.  Cada sala tem a lista A e B para que possamos ter uma maior variedade de materiais (com custo semelhante) já que a preponderância é o uso coletivo pelo grupo de crianças assim como ser o mais barato possível para as famílias.
Temos um almoxarifado para guardar os materiais e semanalmente as professoras fazem a solicitação dos itens que precisarão conforme seu planejamento.  Uma funcionária, a Cristina, é quem faz malabarismos para organizar tudo no espaço diminuto que temos (e ela consegue!) e também separar e entregar os materiais para as professoras.
Muitos itens são solicitados às famílias ao longo do ano, como embalagens de pizza e caixas de papelão para servirem de suportes em propostas de Arte, sobras de lã, tecidos e muitos outros que são materiais muito mais interessantes e adequados do que lantejoula, glitter e afins. Também não entram na lista materiais que podem facilmente ser substituídos (caixa de pintura a dedo, é só utilizar o guache puro ou acrescido de farinha de trigo) ou que não acrescentam muito às experiências artísticas da criança (cola colorida, por exemplo).  Também abolimos o uso de EVA (para confeccionar jogos, molduras) visto ser um material altamente danoso ao meio ambiente.
Outros materiais surgem conforme estudamos e aprendemos: terras de cores variadas para diluir em água e fazer pinturas, uma caixa gigantesca que encontrei na lixeira do meu prédio e serviu de suporte por meses para a turma da profª Andreia.  O importante é o equilíbrio entre as propostas de atividades e a necessidade real de solicitar determinado material, aproveitar o que já temos ou utilizar materiais alternativos.
E na sua escola quais são os materiais que não podem faltar?
Um beijo, Leninha.
OS ASSUNTOS QUE NÃO PODEM FALTAR NA REUNIÃO DE PLANEJAMENTO COM OS PROFESSORES:
As discussões coletivas e as orientações recebidas no planejamento escolar deixam os professores mais seguros para iniciarem seus trabalhos.
Anualmente, todas as escolas passam pelas etapas de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação dos trabalhos e, em todo início de ano, começamos pelo planejamento da escola para o ano letivo. É sobre esse processo que vou escrever hoje, contando como ele funciona aqui na EE Profª Maria Aparecida dos Santos Oliveira.
Na escola em que trabalho, seguimos o calendário da Secretaria de Estado da Educação, que contempla para o início do ano, o período de Planejamento da Escola. São praticamente três dias de reuniões para “pensar a escola” no ano que se inicia.
Na primeira reunião, eu e a minha diretora fazemos a recepção dos professores e a integração dos docentes por meio de uma dinâmica de grupo. Também entregamos a eles uma pasta que deverá ser utilizada durante o ano, para registrar as reuniões, inclusive as das Aulas de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC). Um lanchinho especial também faz parte!
Na sequência das reuniões com os professores, desenvolvemos as seguintes atividades:
Apresentação de como o espaço físico da escola está organizado: salas de aula, sala de leitura, laboratório de informática, pátio, entre outros espaços.
Retomada dos resultados do ano anterior: nunca partimos do “zero”, mas sim do que já foi conquistado para estabelecermos, em equipe, a continuidade e o aprofundamento dos objetivos e metas para o novo ano. Além de dar continuidade a muitos aspectos, sempre há novos projetos a serem planejados e implantados. Esse é o momento para ousar, mas com “pé na realidade”. Sempre digo, para o grupo, que é importante nos comprometermos cada vez mais com os projetos que já temos e aperfeceiçoá-los. A implantação de novos acontece somente se tivermos condições de dar conta.
Os professores falam de suas turmas: sempre organizamos um tempo das reuniões para que os professores possam contar, para os colegas, as principais características daqueles que foram seus alunos no ano anterior. Este é um momento importante, mas delicado, pois se não for bem direcionado, alguns alunos ou algumas turmas podem ser estigmatizadas. Sempre oriento que é o momento de ajudar o colega a conhecer um pouco a realidade da turma com que irá trabalhar. A ideia é contar como se desenvolveram ao longo do ano anterior em termos de aprendizagem. Também é o momento de entregar, para os docentes, os portfólios do ano anterior.
- Estabelecimento dos combinados: trabalhar em equipe sempre requer “combinados”. O período de planejamento é propício para estabelecer datas, relembrar práticas como, por exemplo, necessidade de requisitar materiais com antecedência, entrega de rotinas, enfim, dar ciência de uma porção de tarefas que precisam ser realizadas e que principalmente, serão “cobradas” por mim. Aliás, tem uma frase que sempre falo aos professores: “Vamos combinar para depois ninguém alegar ignorância”. Eles riem, mas no fundo, é pura verdade!
Organização das salas: os professores recebem a chave de seus armários que ficam na sala de aula. Todo início de ano, deixo o armário deles organizado com todos os livros didáticos dos alunos e alguns materiais individuais que farão uso durante o ano. Na reunião de planejamento, os professores têm um tempo para organizarem a sala de aula e a recepção de seus alunos.
Recebimento do novo portfólio: durante o mês de janeiro, preparo o portfólio das classes para entregar, aos professores, na reunião de planejamento. Sempre retomo com eles, os itens da pasta para fazermos algumas alterações e/ ou esclarecimentos dos registros.
Palestra: para o ano de 2013, vamos convidar um profissional para realizar uma palestra, aos professores, com o tema “A importância da motivação para ensinar”. Ouvir profissionais que não sejam da própria escola é sempre bom!
As discussões coletivas e as orientações recebidas no planejamento escolar deixam os professores mais seguros para iniciarem seus trabalhos, pois sabem por onde devem começar, do que serão “cobrados”, as datas a serem respeitadas, enfim, estão preparados para iniciar a etapa de execução.
E na escola de vocês, como isso é feito? Compartilhem suas experiências aqui.
Um beijo.
COMO ORGANIZAMOS AS BOAS VINDAS ÀS CRIANÇAS E AS FAMÍLIAS.

Antes do ano letivo começar organizamos um dia especial para a criança com os pais na escola para apresentar a rotina e acolher as famílias.
O retorno às aulas dos pequenos, que já eram alunos  e o início dos novatos, é um momento muito especial na Educação Infantil.  Os que já eram da escola vão iniciar outro nível, com professor e sala diferentes, os que virão pela primeira vez têm um mundo de novidades a descobrir.  As famílias e os pequenos estão ansiosos e até apreensivos para conhecer o professor e saber como funciona e o que se faz no dia a dia da escola.
Com o intuito de acolher as crianças e as famílias e mostrar parte da rotina escolar organizamos um dia especial para a criança junto com um adulto (mãe, pai ou outro responsável).  Chamamos de Dia do Acolhimento e é organizado num sábado para viabilizar a participação da maioria das famílias.
O professor prepara a sala de aula com atividades bem simples nas mesinhas: desenho, modelagem e jogo de encaixe, 2 mesinhas de cada.  Antecipadamente já foi preenchido o nome e a data de nascimento da criança em uma ficha de identificação que será completada pelo responsável que acompanha a criança enquanto esta brinca e a professora interage um pouco com ela.
As famílias já receberam uma carta ou telefonema, durante o mês de janeiro,  convidando para participarem do Dia do Acolhimento num dos 3 horários (8h15 às 9h15, 9h30às 10h30 e 10h45 às 11h45) explicitando que terão a oportunidade de conhecer o professor, a sala de aula e parte da rotina escolar junto de seu filho.
Quando as famílias chegam são recebidas por mim e pela diretora da escola, nos apresentamos para os novatos e damos as boas vindas para os que estão retornando, indicamos o mural onde estão afixadas as listagens das turmas que informa para qual sala devem se dirigir.
O  professor recebe os pequenos  com seus responsáveis, se apresenta e orienta-os a participarem  junto com a criança de uma das atividade.  Na sequência ela vai passando nas mesas para fazer um contato com cada família e entregando a ficha para o adulto preencher  enquanto a criança desenha, modela ou brinca.  Depois desse tempo em sala de aula os pais acompanham seus filhos até o refeitório e lá auxiliam a criança a se servir do lanche oferecido, nesse espaço ficam alguns funcionários orientando visto que o professor está em sala recebendo o outro grupo de pais e crianças.
O professor tem a oportunidade de conhecer cada um de seus alunos numa situação confortável para a criança, já que está acompanhada de um adulto de sua confiança, e os pais conhecem a sala e o professor.
A ficha de identificação é bem simples (acesse aqui) e auxilia o professor a conhecer um pouco mais da rotina e das experiências da criança.
Desde que foi implantado o dia do acolhimento notamos que a adaptação dos pequenos tem sido mais tranquilo (ou seja, menos choro no início do ano), parece que a oportunidade de pais e crianças conhecerem o professor, a equipe de liderança e os espaços trazem  mais segurança e confiança.   Tudo isso colabora para que os primeiros dias de aula sejam mais tranquilos.
E na sua escola como é o início das crianças?
Um beijo, Leninha
MINHA ESTRÉIA COMO COORDENADORA PEDAGÓGICA
Lembro-me que, em reunião de planejamento com os professores, no início de 2009, eu disse a eles que “estava aprendendo a ser coordenadora”. Engraçado, todo início de ano, eu os lembro da minha fala e acrescento “hoje, pessoal, continuo aprendendo a ser coordenadora”.
Realmente, a cada ano aprendo mais, a segurança aumenta e as necessidades me fazem trabalhar para a verdadeira realidade. Mas posso dizer que, ao estrear como coordenadora pedagógica, meu primeiro objetivo foi “conquistar” os professores para que se tornassem receptivos à minha nova função e legitimassem o meu papel.
Desde o início, coloquei-me como alguém que poderia contribuir com a formação deles, sendo parceira do trabalho que desenvolviam e, sempre, tendo a certeza que aprenderia muito com eles. E como aprendo!
Logo, ganhei fama de “irritantemente organizada” e gostei, pois realmente sou! Essa minha postura tem se refletido em alguns professores que não eram tão organizados. Além de comentarem, é perceptível nos cuidados com seus materiais e registros que me apresentam.
Enfim, o tempo passa rápido demais. Escrever sobre esse tema me fez pensar que hoje, faço melhor do que quando comecei e que posso melhorar a cada ano.
E você coordenador, como foi a sua estreia?
Beijos.
É HORA DE ESTAR COM O PLANO DE TRABALHO QUASE PRONTO PARA O PRÓXIMO ANO LETIVO.
NO COMEÇO DO , ANO ELABORO UM ROTEIRO COM TUDO O QUE TENHO QUE LEVAR PARA AS REUNIÕES DE FORMAÇÃO.
Assegurar a aprendizagem das crianças sempre é minha meta principal e, sem dúvida, são diversos os fatores que impactam diretamente nas situações didáticas que são planejadas para que a aprendizagem se realize, mas o principal deles, sem dúvida, é a formação do professor.
O professor precisa ter clareza dos objetivos e dos conteúdos de cada eixo de conhecimento do nível que atua, do anterior e do seguinte, afinal em todo grupo seja de 3, 4 ou 5 anos haverá crianças com conhecimentos na média, bem aquém ou além dos colegas e o professor terá que planejar situações didáticas para os diferentes saberes.
Sendo assim cabe ao coordenador pedagógico subsidiar o professor para que ele assegure as aprendizagens, e isso exige diversas ações, elaborei um roteiro para me orientar, mês a mês, no 1º semestre, que ficou assim:
Fevereiro
  • Diagnosticar os saberes dos professores novatos na escola ou no nível, tanto teóricos como na prática da sala de aula, aqui impressos que já utilizei.
  • Auxiliar os professores a diagnosticarem os saberes da sua turma nos diferentes eixos, aqui elaborarei, com cada grupo dos professores do nível, uma pauta de observação (clique aquipara baixar) a partir das atividades elencadas.
    • Revisar e melhorar os combinados com professores e estagiárias sobre:
  1. O papel da estagiária e o papel do professor
  2. O uso da agenda
  3. Como funciona o atendimento aos pais e responsáveis pelas crianças
  4. A elaboração do planejamento semestral, mensal e semanal
Março
  • Subsidiar os professores na elaboração, revisão e adequação dos projetos, sequências e atividades permanentes do 1º semestre.
  • Planejar a formação em HTC (horário de trabalho coletivo) a partir do diagnóstico dos saberes dos professores.
  • Planejar e efetuar os atendimentos e orientações para os professores que não fazem HTC;
  • Agendar os atendimentos individuais com os professores, priorizando os novatos na escola e no nível.  O objetivo será ajudar cada professor a adequar o planejamento para os diferentes saberes de seus alunos.
  • Planejar os encontros de formação das estagiárias (aqui na escola elas atuam diretamente com as crianças sob a supervisão/orientação dos professores, e não ficam só cortando papéis ou organizando armários).
Abril
  • Fazer o acompanhamento da prática dos professores.
  • Filmar situações didáticas nas diferentes turmas para discutir teoria e prática no HTC.
  • Fazer reuniões por nível para discutir o andamento dos planejamentos e fazer circular os saberes entre os professores.
Maio
  • Fazer atendimentos/orientações individuais com os professores conforme a necessidade diagnosticada na observação da prática.
Junho
  • Fazer uma formação para auxiliar os professores na escrita dos relatórios de avaliação dos alunos.
  • Elaborar e efetuar as avaliações de desempenho dos professores.
  • Escrever as devolutivas das avaliações.
  • Avaliar os planejamentos do 1º semestre, no final do mês, em encontros por nível.
Bem, esse roteiro precisará de muito investimento em estudos, planejamentos, elaboração de quadros, pautas e ajustes conforme o grupo, afinal das 13 professoras que atuarão neste ano apenas 4 permanecerão no mesmo nível, 3 foram para outro nível (do infantil 1 para o 3 e vice versa), 2 estão retornando depois de um tempo em creche e 4 são novatas na escola.
E você o que já planejou para 2013?




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Datas Comemorativas do mês de fevereiro

Data
COMEMORAÇÃO

01

Dia do Publicitário

02

Dia de Iemanjá
Dia do Agente Fiscal*
Dia de N. S. dos Navegantes

03

1a Nave terrestre na Lua (1966)
Dia de São Brás, o Santo Protetor contra os males da Garganta

04

Dia Mundial da Luta contra o Câncer

Dia do Nascimento de Luiz Vaz de Camões (1524)

05

Dia da Papiloscopia
Dia do Datiloscopista*
Dia do Ano Novo - Ano do Dragão (Calendário Budista)

06

Dia do Agente de Defesa Ambiental

07

Dia Nacional do Gráfico*

08

Dia da Penitência*

09

Dia do Frevo
Dia do Zelador

10

Dia do Atleta Profissional
Criação da Casa da Moeda

11

Dia Mundial do Enfermo*

12

Terça-Feira de Carnaval (2002)*

13

Dia Nacional do Ministério Público

14

Dia do Amor, da Amizade
Dia do Botonista (no Estado de São Paulo)

15

Dia Mundial da Lepra

16

Dia do Repórter

17

Dia da Constituição da Comissão Especial
contra Crimes de Tortura

18

Dia da Unidade Nacional

19

Dia do Esporte, do Esportista

20

Criação do Correio Aéreo Nacional (1931)

21

Dia do Cumpra-se (1821)
Dia Internacional da Língua Materna

22

Cátedra de São Pedro Apóstolo

23

Dia da Sedução
Dia da Paz Mundial
Dia Nacional do Rotary*
Dia do Agente Fiscal e da Compreenção

24

Promulgação da Primeira Constituição Republicana (1891)

25

Dia das Comunicações

26

Dia do Comediante

27

Dia dos Velhinhos
Dia Nacional do Livro Didático
Dia do Agente Fiscal da Receita Federal

28

Instituição do Cruzado, Cz$ (1986)
29

Dia Exclusivo dos Anos Bissextos